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quarta-feira, 9 de março de 2022

Espetáculo no Ar: Um show de cores e audácia pelos céus do mundo - Parte 8

Quem nunca viu uma apresentação ou pelo menos ouviu falar da Esquadrilha da Fumaça da Força Aérea Brasileira? Difícil, não é mesmo? Entretanto, o que talvez muitas pessoas não saibam, principalmente aquelas que não vivenciam a Aviação no seu dia-a-dia, é que ter uma Unidade Aérea dedicada a realizar demonstrações aéreas não é exclusividade do Brasil. Muitos países ao redor do mundo mantém um ou até mais esquadrões militares acrobáticos. Considerados verdadeiros Embaixadores dos Céus, fazer parte de uma destas equipes representa uma aspiração e um sonho para muitos pilotos, porém apenas um punhado deles têm a honra de integrar um destes times de elite. Utilizando-se de aeronaves dos mais variados tipos e formas, desde turboélices a potentes supersônicos ou até mesmo helicópteros, apresentando uma diversidade de cores, manobras e número de aeronaves envolvidas, todas têm em comum, talento de sobra e performances arrojadas, encantando o público por onde passam com suas apresentações técnicas e audaciosas.

Embora a atividade acrobática seja quase tão antiga quanto a própria Aviação Militar, as primeiras equipes de demonstração aérea dedicadas surgiram logo após o término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Muitas das manobras apresentadas ao público nasceram durante os combates aéreos ou fazem parte do treinamento e do cotidiano dos pilotos militares, envolvendo voos em formatura, curvas de alta performance, cruzamentos e manobras acrobáticas dos mais diversos tipos. Cada Unidade Aérea tem sua identidade e uma sequência própria de manobras, que são exaustivamente treinadas para garantir a segurança e a precisão do espetáculo. Além de demonstrar a qualidade da formação de seus pilotos, muitos desses times também representam suas indústrias aeronáuticas nacionais, utilizando aeronaves fabricadas em seus próprios países. Neste artigo final desta série de reportagens especialmente desenvolvidas pelo blog Aviação em Floripa, convidamos você a seguir acompanhando os principais Esquadrões de Demonstração Aérea em atividade. Então, continue acomodado em seu lugar porque o show vai prosseguir com as últimas equipes adentrando o box de apresentação a partir deste momento. Para quem está chegando agora, clique sobre os banners abaixo para acessar de forma rápida os capítulos já publicados.


Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7





Crédito: Eagle One Aviation


A equipe Surya Kiran (Raios de Sol, em sânscrito) é um dos dois times oficiais de demonstração da Força Aérea Indiana (IAF). Sua história tem começo em janeiro de 1996 com o planejamento do primeiro grande show aéreo e evento comercial de aviação realizado na Índia, chamado de AVIA 96. A intenção inicial dos organizadores era convidar uma equipe de acrobacias do exterior, mas por fim chegou-se à conclusão que o país seria capaz de colocar sua própria equipe em campo. Desde 1989, com a dissolução dos "Thunderbolts" (equipe que voava com jatos Hawker Hunter), a Índia não tinha uma esquadrilha acrobática. Decidiu-se assim criar um time composto por seis jatos de treinamentos nacionais HAL HJT-16 Kiran Mk.II, com a primeira aparição pública ocorrendo em 15 de setembro de 1996 para as celebrações do jubileu de ouro do Colégio Administrativo da Força Aérea, em Coimbatore. Em 1998, a equipe expandiu a formação para nove aeronaves, exibindo pela primeira vez essa configuração durante o voo do Dia da Independência. Já a primeira exibição acrobática  foi realizada em Palam, em 8 de outubro de 1998, para marcar o Dia da Força Aérea. Ao completar uma década de atividades, o grupo foi elevado ao status de Unidade Aérea, tornando-se o Esquadrão Nº 52 da IAF. Em 2011, no entanto, o grupo foi dissolvido por motivos de reorganização interna da Força Aérea. Todos os aviões HJT-16 Kiran Mk.II da equipe foram realocados para fins de treinamento e os treze pilotos do time foram distribuídos para outros Esquadrões operacionais da Força Aérea Indiana.

HAL HJT-16 Kiran Mk.II. Crédito: IAF


HAL HJT-16 Kiran Mk.II. Todas as fotos: https://www.aame.in/

Perfil lateral - HAL HJT-16 Kiran Mk.II (1996-2011). Fonte: http://airshow-teams.blogspot.com/

Com a chegada dos treinadores avançados britânicos BAe Hawk Mk.132, fabricados sob licença na Índia, em 2015 a equipe foi reativada. Inicialmente voando com quatro aviões, em 2018 atingiu novamente a configuração de exibição com nove aeronaves. Para tentar uma vaga no time, os candidatos devem ser voluntários, pilotos de caça, ter oito anos de serviço, um mínimo de 1.000 horas de voo e ser Instrutores de Voo qualificados. Eles são convidados a voar com a equipe, onde são avaliados seu desempenho e traços de personalidade. Nos próximos seis meses, os pilotos selecionados fazem entre 70 a 75 missões praticando várias manobras antes de começarem a voar com o restante do grupo em formação. Os pilotos permanecem três anos com o time. Geralmente, dois novos membros se juntam à equipe a cada seis meses. Iniciando em grande altitude com uma única aeronave, voando com o líder ou o vice-líder da equipe, o novo integrante passa para o voo de duas e, em seguida, de três aeronaves e assim segue progressivamente até realizar voos com a formação completa. O treinamento rigoroso é necessário para voar em formação com um número grande de aviões, pois não há margem para erro, especialmente em níveis baixos. As exibições são realizadas em uma faixa de altura de até 1.200 metros a uma velocidade média de 550 km por hora, o que exige um alto grau de concentração, habilidade e disciplina por parte dos pilotos. Os aviões são pintados num esquema nas cores vermelha e branca e desde 2020 utilizam dois geradores de fumaça instados sob as asas.

BAe Hawk Mk.132. Crédito: AFP

BAe Hawk Mk.132. Fonte: https://www.straitstimes.com/

BAe Hawk Mk.132. Crédito: IAF

BAe Hawk Mk.132. Crédito: Arjun Sarup

Perfis - BAe Hawk Mk.132. Fonte: https://www.southernskymodels.com.au/



Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo. Crédito: Aviation Wall






Fonte: http://afterburner.com.pl/

A equipe Strizhi (Andorinhas, em russo), também conhecida por seu nome em inglês "Swifts", é um dos dois times oficiais de demonstração da Força Aérea da Rússia. Embora o dia 6 de Maio de 1991 seja oficialmente reconhecido como o aniversário do grupo, as raízes da equipe remontam ao início dos anos 80. Naquela época, logo após a introdução dos jatos MiG-29 na Força Aérea Soviética, nasceu por iniciativa de um grupo de pilotos de combate (ligados ao 234º Regimento de Aviação de Guardas Proskurovsky na Base Aérea de Kubinka, perto de Moscou), a ideia de criar uma equipe de demonstração para realizar exibições de voo, a fim de mostrar as qualidades do novo caça soviético da linha de frente. O Regimento esteve entre as três primeiras unidades de aviação de combate que receberam os caças MiG-29, já em meados de 1983. Três anos depois, foi também a mesma Unidade que apresentou o avião no exterior, quando em setembro de 1986, uma formação de seis aeronaves MiG-29 visitou a Base Aérea finlandesa de Rissala. Portanto, não foi surpresa quando o 234º Regimento foi escolhido para criar uma equipe de demonstração com o avião, voando em intervalos e distâncias de cerca de 3 metros e realizando um complexo conjunto de figuras acrobáticas. Em 1990, os pilotos escolhidos para integrar a equipe começaram a treinar voos de formação com o MiG-29. Os aviões receberam um esquema nas cores branca e azul e o nome Strizhi, em homenagem ao andorinhão-preto, uma espécie de ave conhecida por sua velocidade e agilidade em voo. Em 6 de maio de 1991 o time realizou sua primeira exibição, sendo esta data considerada a sua data de criação.

Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Crédito: Rob Schleiffert

Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Fonte: http://www.flanker.ru/swifts/

Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Crédito: Fred Willemsen



Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Todas as fotos: https://aerobaticteams.net/

Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum", primeiro esquema de pintura (1991-2001). Fonte: http://kativ.eu/

Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum", segundo esquema de pintura (2001-2003). Fonte: http://kativ.eu/

Durante os anos seguintes, a equipe expandiu suas apresentações, realizando demonstrações acrobáticas em diversos países como Hungria, Holanda, Bulgária, Estados Unidos, Vietnã, China, Mongólia, Alemanha, Cazaquistão, República Tcheca e Emirados Árabes Unidos. O grupo também realizou várias exibições domésticas, incluindo todas as edições do show aéreo MAKS, comemorações de feriados nacionais, aniversários da Segunda Guerra Mundial, além de outros eventos locais. No início de 2003, todos os aviões da equipe receberam um novo esquema de pintura do fabricante do avião, a RSK MiG. A nova pintura apresentava as cores nacionais, vermelho, branco e azul, com destaque para uma grande andorinha estilizada pintada nas superfícies inferior e superior da fuselagem. Outro fato marcante desta época foi o início de exibições conjuntas com o outro grupo de acrobacias das Forças Aeroespaciais Russas, os "Russian Knights". Eles partiram de um par misto de aeronaves e, em 2004, as duas equipes realizaram pela primeira vez uma formação completa de cinco caças Sukhoi Su-27 e quatro MiG-29. Pouco tempo depois esta formação de nove aeronaves de ambos os times tornou-se uma acrobacia padrão fazendo parte da exibição aérea voada durante os eventos e foi nomeada como o "Diamante Kubinka". 

Mikoyan-Gurevich MiG-29UB "Fulcrum". Crédito: Leonid Faerberg

Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Crédito: Max Bryansky

Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Crédito: Dimitri Jeostojic

Mikoyan-Gurevich MiG-29/UB "Fulcrum". Crédito: Artur Sarkisyan

Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Fonte: https://aerobaticteams.net/

Mikoyan-Gurevich MiG-29/UB "Fulcrum". Crédito: Theo van Vliet

Perfis - Mikoyan-Gurevich MiG-29UB "Fulcrum", terceiro esquema de pintura (2003-2016). Fonte: http://wp.scn.ru/

A equipe está baseada no aeródromo de Kubinka, localizado a 60 quilômetros de Moscou. Os pilotos de Kubinka foram os primeiros na então União Soviética a dominar acrobacias individuais e em grupo em caças a jato e até hoje em dia o local é conhecido como o principal centro de treinamento desta modalidade na Rússia, sendo lar também dos "Russian Knights", o outro time acrobático do país. No início de maio de 2011, os "Swifts" comemoraram seu 20º aniversário com um novo programa de voo. Cinco anos depois, em 21 de maio de 2016, a equipe comemorou o aniversário de um quarto de século e na ocasião os aviões receberam algumas alterações no esquema de pintura, notadamente nos estabilizadores verticais. O time voa em suas exibições com uma composição de caças MiG-29 de assento único e treinadores de combate MiG-29UB de dois lugares. Embora geralmente as demonstrações aconteçam com quatro a seis aeronaves, a frota da equipe contém dez caças no total. Recentemente algumas exibições foram realizadas com nove aviões. Atualmente a equipe está numa fase de transição, preparando-se para começar a substituir os veteranos MiG-29 pelos novos caças MiG-35. 

Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Crédito: Sergy



Mikoyan-Gurevich MiG-29/UB "Fulcrum". Todas as fotos: Chris Heal

Perfis - Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum", esquema atual de pintura. Fonte: http://www.sukhoi.mariwoj.pl/



Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 1. Credito: Combat Approved


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 2. Crédito: RUplanes






Crédito: Patrulla Aspa

A Patrulla Aspa é um grupo de helicópteros de voo acrobático da Força Aérea Espanhola pertencente à Ala 78, com sede na Base Aérea de Armilla, em Granada. A equipe começou com a iniciativa de alguns pilotos da Ala 78, quando os Hughes 300 ainda voavam como helicóptero de treinamento básico. Eles começaram a realizar formações de 3, 4 e até 5 helicópteros e desde então já se discutia a possibilidade de formar a primeira patrulha acrobática de helicóptero na Espanha. A entrada em serviço do Eurocopter EC 120 Colibri em 2000 e as suas excelentes capacidades em voo permitiram, após o estabelecimento de uma rotina de manobras, a criação do grupo em 23 de setembro de 2003, com a primeira demonstração pública acontecendo em 16 de Maio de 2004, na cidade de Sevilha. O time utiliza cinco helicópteros EC 120B e seus objetivos são promover a cultura aeronáutica entre a população civil, incuntir o espírito aeronáutico entre os mais jovens e representar a Força Aérea e a Espanha em eventos dentro e fora do país. A Patrulla Aspa é composta por 13 pilotos de helicópteros militares, todos pertencentes à Ala 78 e Instrutores de Voo junto aos seus dois esquadrões (781 e 782) que é o papel principal da Unidade. Todos são voluntários e para almejar um lugar no time precisam cumprir um requisito mínimo de horas de voo (tanto experiência anterior em Unidades Operacionais como experiência no EC 120) e realizar um plano de formação específico, após aprovação do Chefe da Patrulha, passando então a fazer parte do quadro da equipe, primeiro como piloto de reserva e posteriormente como piloto regular. A tripulação durante as exibições é composta por dois pilotos por aeronave. A equipe de apoio que acompanha os pilotos é composta por quatorze pessoas (dez técnicos de manutenção de aeronaves, dois especialistas em vídeo e fotografia e dois relações públicas que também fazem a função de comentaristas. Dependendo do local e das condições meteorológicas, existem três tipos de exibição, a padrão, a sobre a água e a de mau tempo. Embora uma apresentação com helicópteros não seja tão atraente e ruidosa quanto por exemplo, a de uma equipe de caças supersônicos, ela tem a seu favor, a realização de algumas acrobacias inusitadas e a proximidade com o público. A equipe ao longo dos anos desenvolveu a aperfeiçoou suas manobras para conseguir uma exposição sem interrupções e com uma duração aproximada de 17 a 20 minutos. Os helicópteros utilizados pela equipe não possuem uma identidade visual própria, empregando o esquema padrão de pintura adotado pela Força Aérea Espanhola para o modelo. As demonstrações contam com um sistema de geração de fumaça junto ao exaustor do motor.







Eurocopter EC 120B Colibri. Todas as fotos: Facebook/Patrulla Aspa




Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 1. Crédito: Ejército del Aire


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 2. Crédito: Marc Talloen






Crédito: USAF

Umas das equipes mais famosas e conhecidas no mundo, a história dos Thunderbirds, o Esquadrão de demonstração aérea oficial da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) começou oficialmente em maio de 1953 com a 3600ª Unidade de Demonstração Aérea na Base Aérea de Luke no Arizona. Criada ao fim da Guerra da Coréia (1950-1953), sua missão era mostrar ao público norte-americano a segurança, confiabilidade e manobrabilidade das aeronaves a jato, que eram relativamente novas na época, além de servir como uma ferramenta de recrutamento para a Força Aérea. Durante os primeiros seis shows a equipe levou o nome de "Stardusters", mas logo depois o nome foi mudado para Thunderbirds, uma referência à mitologia dos povos indígenas que haviam habitado a região, tida como uma criatura do céu semelhante a uma águia ou um falcão que governava os poderes do céu, ordenava a vitória em tempos de guerra, lançando trovões e relâmpagos de seus olhos. Seu primeiro avião foi o Republic F-84G Thunderjet, utilizado entre os anos de 1953 e 1954. No ano seguinte ele foi substituído pelos Republic F-84F Thunderstreak, de asas enflechadas. Em 1956 chegam os North American F-100C/D Super Sabre, tornando os Thunderbirds a primeira equipe no mundo a empregar jatos supersônicos em exibições aéreas. Neste mesmo ano o grupo muda-se de Luke para Nellis, em Nevada, sua sede até os dias atuais. Um fato inusitado ligado aos primeiros anos de operação dos Thunderbirds é que a equipe utilizou um jato de treinamento Lockheed T-33 Shooting Star como aeronave do narrador e também para transportar convidados especiais ou integrantes da imprensa, uma vez que todos os aviões de demonstração eram de assento único. Em 1964, o time passou para os Republic F-105B Thunderchief, mas devido a uma falha estrutural em um dos aviões, voaram com eles em apenas seis apresentações, retornando para o F-100. Em 1969, o esquadrão se reequipou com os McDonnell Douglas F-4E Phantom II, curiosamente operado também nesta época pela outra equipe de exibição estadunidense, os Blue Angels da Marinha, única vez na história que os dois times voaram simultaneamente o mesmo equipamento. Com o F-4 houve também uma alteração no esquema de pintura dos Thunderbirds, com as aeronaves sendo pintadas na cor branca ao invés do acabamento geral em alumínio usado até então.



Republic F-84G Thunderjet. Todas as fotos: USAF

Perfil lateral - Republic F-84G Thunderjet (1953-1954). Fonte: https://www.aviationgraphic.com/



Republic F-84F Thunderstreak. Todas as fotos: USAF

Republic F-84F Thunderstreak. Crédito: David Rider

Perfil lateral - Republic F-84F Thunderstreak (1955). Fonte: http://wp.scn.ru/

Lockheed T-33 Shooting Star, utilizado como aeronave de dois assentos para o narrador e em voos com convidados e imprensa. Fonte: https://thejivebombers.files.wordpress.com/

Perfil lateral - Lockheed T-33 Shooting Star. Fonte: https://www.rc-planes.nl/







North American F-100C/D Super Sabre. Todas as fotos: https://www.f-100.org/

Perfis - North American F-100C Super Sabre (1956-1968). Fonte: https://aerobaticteams.net/




Republic F-105B Thunderchief. Todas as fotos: USAF

Perfis - Republic F-105B Thunderchief (1964). Fonte: https://ww2aircraft.net/







McDonnell Douglas F-4E Phantom II. Todas as fotos: https://aerobaticteams.net/

Perfil lateral - McDonnell Douglas F-4E Phantom II (1969-1973). Fonte: https://www.deviantart.com/

Após a crise do petróleo de 1973, em um esforço para diminuir os custos com combustível, a equipe trocou os F-4 Phantom II pelos treinadores supersônicos Norhtrop T-38 Talon, interrompendo assim a tradição de sempre utilizarem aeronaves de combate de primeira linha em suas formações, porém, cinco T-38 consumiam a mesma quantidade de combustível de um único F-4, justificando a substituição. A era do Talon com os Thunderbirds entretanto foi marcada por um trágico acidente no início de 1982, em Indian Springs, Nevada, durante um voo de treinamento, quando quatro aviões chocaram-se contra o solo na saída de um looping, vitimando todos os pilotos. O acidente ficou conhecido como "Diamond crash" e as investigações apontaram para um problema mecânico com o atuador da alavanca de controle da aeronave líder. Durante os voos em formação (típico para a maioria das equipes de exibição) todos os pilotos em geral seguem visualmente o líder e assim, todas as outras três aeronaves completamente sem problemas acabaram atingindo o solo em alta velocidade. O acidente interrompeu as demonstrações dos Thunderbirds por 14 meses até 2 de abril de 1983, quando eles voltaram a voar novamente, mas agora com nova aeronave, o General Dynamics F-16A/B Fighting Falcon Bloco 15, modelo que é utilizado até os dias atuais em suas versões atualizadas F-16C/D Bloco 32 (1992-2008) e depois F-16C/D Bloco 52 (de 2009 em diante). Apenas algumas pequenas modificações diferenciam um F-16 dos Thunbderbirds de um operacional. Estas incluem, além da pintura, a substituição do canhão de 20 mm e do tambor de munição por um sistema de geração de fumaça entre outras pequenas modificações, de forma que as aeronaves podem ser devolvidas a um esquadrão operacional em pouco tempo, sem grande perda de tempo.








Northrop T-38A Talon. Todas as fotos: USAF

Perfil lateral - Northrop T-38A Talon (1974-1981). Fonte: http://asasdeferro.blogspot.com/

No total, a equipe é composta por 120 integrantes (12 Oficiais, 4 civis e 104 Graduados). Todos os doze Oficiais usam o indicativo "Thunderbird" com seu respectivo número. Assim, Thunderbird #1 é o Líder e Comandante do Esquadrão. Os pilotos #2 a #6 são pilotos de demonstração: #2 é a asa esquerda, #3 é a asa direita, #4 é o slot, #5 é o solo principal e #6 é o solo oposto. Piloto #7 é o Oficial de Operações e #8 é o narrador e coordenador do show. Cada um desses pilotos é um piloto de caça do esquadrão, mas apenas os seis primeiros participam do show aéreo. O nº 9 é o Médico da equipe, o nº 10 é o Chefe Executivo, o nº 11 é o Chefe de Manutenção e o nº 12 é o Oficial de Relações Públicas. Os candidatos a piloto devem ter pelo menos 1.000 horas de voo em caças a jato e devem voar ou estar familiarizados com o F-16. Todos os candidatos aos "Thunderbirds" devem ter pelo menos 3 anos (mas não mais de 12 anos) de serviço militar. Os selecionados se juntam ao grupo no final da temporada de cada ano para avaliações e voos de treino e ao final desta etapa, os melhores são escolhidos para integrar o time. Três pilotos de demonstração mudam a cada ano. A avaliação aérea inclui um voo em formação aproximada e algumas manobras básicas de combate. Os pilotos servem por dois anos, enquanto o resto da equipe atua por três ou quatro anos. Eles treinam de novembro a março, quando então estão prontos para iniciar a temporada de shows. Por esta altura, cada piloto terá completado cerca de 100 voos de treinamento. Além de suas responsabilidades de demonstração aérea, os pilotos da equipe fazem parte da força de combate da USAF e, se necessário, podem ser rapidamente integrados a uma unidade de caça operacional. 


General Dynamics (Lockheed Martin) F-16 Fighting Falcon. Todas as fotos: https://aerobaticteams.net/





General Dynamics (Lockheed Martin) F-16 Fighting Falcon. Todas as fotos: https://www.f-16.net/

Perfis - General Dynamics (Lockheed Martin) F-16C Fighting Falcon. Fonte: https://www.deviantart.com/





Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 1. Crédito: Unicorn Breeder


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 2. Crédito: Defense System


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 3. Crédito: LiveAirShowTV


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 4. Crédito: spencerhughes2255



Com esta quatro equipes de demonstração apresentadas aqui, encerramos esta série especial de matérias. No total trouxemos aos nossos leitores 46 times militares acrobáticos com o máximo de informações que conseguimos coletar sobre cada um deles, contando um pouco de suas histórias, curiosidades e mostrando suas aeronaves, através de fotos, diagramas, perfis e vídeos de suas exibições. Foi um trabalho intenso de pesquisa e muita dedicação para compilar os dados de diversas fontes, escrever os textos, criar as planilhas e editar as fotos e os perfis que você acompanhou ao longo destas últimas semanas, mas acreditamos que tenha valido a pena todo este esforço. Agradecemos a todos pelo privilégio da companhia.


Por onde voamos nesta matéria.



3 comentários:

fabrica de convites disse...

Interessante conteúdo , belíssimas imagens. Parabéns.

MARCOS ANTONIO disse...

Excelente trabalho.
Parabéns Marcelo.

Unknown disse...

Rapaz.... Que baita matéria....parabéns Marcelo

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