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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Operação Atlântico III



A Marinha, o Exército e a Força Aérea participam, de 19 a 30 de novembro, da Operação Conjunta “Atlântico III”, sob a coordenação do Ministério da Defesa. O exercício ocorre nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e envolve cerca de 10 mil militares das três Forças Armadas.

A Operação abrange a área marítima dentro da “Amazônia Azul” e parte do território nacional, e tem seu foco nas linhas de comunicação marítima das regiões Sul e Sudeste e na defesa de estruturas estratégicas, como portos, refinarias e usinas hidrelétricas e nucleares. Além disso, o exercício permite também planejar e treinar situações que envolvam o controle de área e tráfego marítimo, missões de interceptação, defesa de costa, patrulha marítima, transporte aéreo logístico, defesa antiaérea e coordenação e controle do espaço aéreo.

Estão sendo empregados dois navios escolta, dois navios de apoio, dois submarinos, três navios-patrulha e seis helicópteros da Marinha do Brasil. O Exército participa com 96 viaturas leves, 101 viaturas de transporte, nove viaturas blindadas e nove ambulâncias. A Força Aérea Brasileira atua com quatro aeronaves de ataque, cinco aeronaves de patrulha, cinco aeronaves de transporte e um helicóptero.

O comando da operação está a cargo do Almirante-de-Esquadra Gilberto Max Roffé Hirschfeld, Comandante de Operações Navais, com o apoio de um Estado-Maior Conjunto, composto por militares das três Forças Armadas.

A “Atlântico III”, é resultado de um complexo planejamento promovido pelo Ministério da Defesa e coordenado pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, visa, fundamentalmente, à preparação para a defesa dos recursos do mar e das estruturas estratégicas do Brasil.

Além das atividades essencialmente militares, serão realizadas Ações Cívico-Sociais (ACISO) na área de exercício. A população local receberá aulas de primeiros socorros e higiene e será beneficiada com atendimentos médicos e odontológicos.

Fonte: Ministério da Defesa


Para ver fotos da Operação Atlântico III, acesse o link abaixo:

http://www.flickr.com/photos/portalfab/


Lockheed P-3AM Orion operam em Florianópolis

 

Como parte dos meios aéreos empregados na Operação Atlântico III, duas aeronaves P-3AM Orion do 1º Esquadrão do 7º Grupo de Aviação, conhecido como Esquadrão Orungan, com sede na Base Aérea de Salvador (BASV), estão operando a partir de Florianópolis. Esta é a segunda vez que o P-3 atua em uma missão operacional em solo catarinense. A primeira, foi durante o Exercício FAEX, realizado em abril deste ano, também na Base Aérea de Florianópolis (BAFL). 


Aeronave P-3AM decola para mais uma missão


Entretanto, sob a coordenação do Ministério da Defesa e operando de forma conjunta com as demais forças, a Operação Atlântico III marca a estreia da aeronave. De acordo com  o comandante da Força Aérea Componente 106 (FAC 106), Major-Brigadeiro Carlos Eurico Peclat dos Santos, responsável pelo emprego de todos os meios aéreos no treinamento: "Exercícios militares como esse se traduzem em um importante ganho operacional para as nossas tripulações".

O treinamento em conjunto com a Marinha inclui a varredura de uma área do mar territorial no Sul do país em busca de um suposto submarino inimigo. Com emprego de equipamentos e táticas reais em um ambiente de guerra simulada, o exercício compreende também o lançamento de sonoboias, que captam sinais de submarinos e embarcações.


Chamado de "Guardião do Pré-Sal", o P-3AM Orion devolveu há cerca de um ano à Força Aérea Brasileira a capacidade de detectar, localizar, identificar e, se necessário, afundar submarinos. É o que o jargão militar chama de guerra antissubmarina (ASW, na sigla em inglês).

Além da capacidade ASW, o P-3AM também carrega armamentos como os mísseis Harpoon, capazes de afundar navios de guerra além do alcance visual. Com quatro motores, a aeronave tem grande autonomia, podendo permanecer em voo durante 16 horas (isso equivale a uma viagem de Recife a Madri sem escalas). Os sensores eletrônicos embarcados na aeronave são os mais modernos que existem. Tudo isso confere ao P-3AM a capacidade estratégica de vigilância marítima de longo alcance. A Petrobrás estima que a camada do pré-sal contenha o equivalente a cerca de 1,6 trilhão de metros cúbicos de gás e óleo. Toda essa riqueza encontra-se no Oceano Atlântico, na zona econômica exclusiva (ZEE) brasileira. O P-3AM está diretamente envolvido na vigilância dessa área.

Juntamente com o patrulhamento dessa área estratégica, o P-3AM assumiu um papel determinante nas missões de busca e salvamento. Por força da Convenção de Chicago, assinada com a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), o Brasil é responsável pela busca e salvamento de aeronaves e navios numa área de mais de 6 milhões de km² (praticamente todo o Atlântico Sul).

A aeronave também ajuda na defesa do meio ambiente, identificando os responsáveis pelo derramamento de óleo, tanto acidentais quanto provocados. Algumas embarcações que transportam petróleo costumam lavar os tanques com a água do mar. Essa prática criminosa deixa uma mancha de óleo que polui e afeta a vida marinha. Os sensores do P-3AM conseguem identificar os rastros na superfície do mar e, desta forma, rastrear a embarcação, mesmo muitas horas depois da abertura dos tanques. O P-3AM pode fotografar o navio infrator e encaminhar as fotos com um relatório para as autoridades ambientais, que com as provas poderão aplicar multas.

 Fonte: Agência Força Aérea

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