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domingo, 14 de junho de 2020

Um é bom... dois é muito melhor!





Decorridas aproximadamente 72 horas do histórico pouso de um Boeing 747-400 cargueiro em Florianópolis (vide matéria aqui no blog), eis que outra aeronave de carga pousou na capital, desta vez um Boeing 747 do modelo -200, um pouco menor em termos de dimensões e capacidade de carga, entretanto, infinitamente mais raro, versão esta que não era vista em aeroportos brasileiros há alguns anos.


Aeronaves totalmente pintadas de branco, conhecidas no meio aeronáutico como "albinas" são bem raras e bastante cobiçadas pelos fotógrafos de aviação, ainda mais se tratando de um Boeing 747-200.

Se a presença de um Boeing 747 em terras catarinenses já foi motivo de expectativa entre todos aqueles que gostam de aviação, a notícia da vinda de uma segunda aeronave do mesmo modelo literalmente dobrou a ansiedade e o desejo de acompanhar em todos os detalhes mais esta visita. Dessa forma, desde o início da manhã deste domingo, montamos nosso acampamento nas proximidades da cabeceira 32 do Aeroporto Internacional Hercílio Luz para trazer aos nossos leitores, fotos desta verdadeira “mosca branca” da aviação. É isto que você passa a acompanhar a partir de agora.

Itens essenciais para uma sessão de spotting: uma escada, um rádio receptor e claro, a câmera fotográfica.

Ao se aproximar o horário do pouso, uma grande quantidade de pessoas se fez presente para ver ou registrar a aeronave.


Boeing 747-200 sobre a pista principal e seguindo pela taxiway do Aeroporto Internacional Hercílio Luz.


A COVID-19 na mira novamente


No final da manhã deste domingo (14/6), o Aeroporto Internacional Hercílio Luz (FLN/SBFL) recebeu mais um voo de fretamento de carga trazendo Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.) e outros insumos hospitalares para o combate à COVID-19, em complemento ao voo ocorrido na última quinta-feira. Para realizá-lo, foi contratada a Companhia Aérea Fly Pro Cargo que alocou sua única aeronave para a operação, um Boeing 747-200. Curiosamente a empresa, assim como a Terra Avia (que executou a operação na quinta-feira), também tem sua sede na República da Moldávia. Durante o pouso a aeronave surpreendeu a todos os presentes, mantendo o nariz elevado por um bom tempo antes de tocar a bequilha no solo (conforme pode ser visto na foto de capa da matéria), de modo a utilizar o próprio avião como uma superfície extra na diminuição da sua velocidade, auxiliando na frenagem. Embora não se tenha uma comprovada eficácia desta manobra, sendo condenada até por alguns, não se pode entretanto, negar a beleza visual deste tipo de pouso.

A origem do voo PVV651 teve início no Aeroporto Internacional de Guangzhou Bayun (CAN/ZGGG) na China. Antes de chegar a Florianópolis, a aeronave fez duas escalas, a primeira delas no Aeroporto Internacional do Kuwait (KWI/OKBK), localizado na cidade e país de mesmo nome e a segunda, no Aeroporto Internacional de Kotoka (ACC/DGAA), em Acra, capital de Gana, antes de cruzar o Atlântico rumo a Florianópolis. Se para os importadores, a expectativa era pela carga, para nós spotters e amantes da aviação, a cereja do bolo era o avião em si, como dito anteriormente, um clássico 747 em sua versão -200, um raro visitante em aeroportos brasileiros, desde que as versões mais modernas do 747 cargueiro passaram a entrar em operação.


Rota executada pelo Voo PVV651, partindo da China até Florianópolis, com escalas no Kuwait e em Gana. Fonte do diagrama: FlightAware.com


Boeing 747-200 - Fly Pro Cargo



Logotipo da Fly Pro Cargo


O Boeing 747-200 da Fly Pro fez seu primeiro voo em 30 de junho de 1987. É um Boeing 747-200 da subvariante 281BSF (c/n 23813), inicialmente entregue à Companhia Aérea japonesa All Nipon Airways em 13 de julho do mesmo ano, passando a operar imediatamente no transporte regular de passageiros. Em 2001 a aeronave foi convertida para cargueiro, passando para a sua subsidiária de cargas, a Nippon Cargo Airlines. Em 2008 foi retirada de operação e dois anos mais voltou à ativa operando com empresas da Armênia (Veteran Avia, 2010-2013), Paquistão (Rayyan Air, 2013-2016) e Geórgia (The Cargo Airlines, 2013-2017). No mesmo ano passou para seu atual operador, a Fly Pro ganhando a atual matrícula ER-BAT, ostentando desde então uma pintura totalmente branca, sem marcações ou inscrições ao longo da fuselagem e sem logotipo na cauda.




2 comentários:

Pedro B S Filho disse...

Bacana compartilhar essas informações com o público amante da aviação, porém, falando por mim, amo aviação mas não conheço tantos termos técnicos. Bastante enriquecedor.
Obrigado e continue com esse trabalho magnífico.

Aviação em Floripa disse...

Obrigado meu amigo, foram quase três anos de hiato sem escrever ou lançar matérias inéditas no blog. Mas neste retorno à atividade, tenho recebido comentários muito positivos como o seu.

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