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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Exercício Carranca 3: Treinando para salvar vidas





Entre os dias 31 de março e 11 de abril, a Base Aérea de Florianópolis (BAFL) está sediando a terceira edição do Exercício Carranca. Coordenado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o treinamento é focado no planejamento e na execução de missões de Busca e Salvamento (SAR), tanto em terra como no mar e envolve cerca de 350 militares de diversas Organizações e Unidades Aéreas da Força Aérea Brasileira, além de integrantes do Serviço de Busca e Salvamento da Marinha do Brasil (SALVAMAR SUL). O nome do Exercício refere-se à alcunha do Major Médico Carlos Alberto Santos, militar integrante do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAv) e do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARASAR), uma justa homenagem a quem se dedicou à nobre tarefa de salvar vidas.

Helicópteros participantes do Exercício Carranca 3. À esquerda, H-60L Blackhawk, 
no centro, Bell H-1H e à direita, H-34 Super Puma.

Nos últimos anos a Base Aérea de Florianópolis tem sido palco de diversos treinamentos voltados para a atividade de Busca e Salvamento, tendo inclusive sediado as edições anteriores do Exercício Carranca, ocorridas respectivamente nos anos de 2009 e 2013. A escolha da capital catarinense para a realização da manobra não é por acaso, e sim, motivada por sua excelente localização geográfica, características climáticas e por reunir em um curto espaço territorial, uma ampla variedade de cenários (mar, montanhas, entre outros) possibilitando às aeronaves atingir a área de treinamento com rapidez, resultando em substancial economia de tempo e de combustível, constituindo-se em um dos melhores locais do país para este tipo de treinamento. Outro ponto fundamental para os esquadrões é o apoio logístico e de manutenção proporcionado pela própria Base Aérea. Destaca-se ainda, a falta de conflito com o tráfego aéreo local. Embora a BAFL esteja instalada junto ao Aeroporto Internacional Hercílio Luz, a movimentação de aeronaves comerciais é reduzida, se comparada com grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo.

Ten.-Cel.-Av Sílvio, Diretor do Exercício.

De acordo com o Diretor do Exercício, Tenente-Coronel Aviador Sílvio Monteiro Júnior, o Brasil é responsável por executar missões de Busca e Salvamento em uma área que totaliza 22 milhões de km², incluindo o território continental e boa parte do Atlântico Sul. Prover segurança e ter uma capacidade de pronta-resposta a qualquer evento ou acidente que envolva a utilização de meios aéreos e humanos na tarefa de Busca e Salvamento numa área tão extensa como esta, requer uma constante atualização e treinamento. É esta a principal finalidade de Exercícios como o que está em curso em Florianópolis, servindo para avaliar a capacidade e a operacionalidade dos órgãos responsáveis pelo Sistema de Busca e Salvamento Brasileiro (SISSAR) e os métodos, procedimentos e técnicas empregadas em Operações SAR. É importante também pelo intercâmbio e a troca de experiências entre todos os envolvidos. Além disso, esta edição do Exercício Carranca traz a novidade da utilização de Óculos de Visão Noturna (NVG) em missões de resgate em terra.


Frente a frente, dividindo o pátio da BAFL, o moderno H-60L (em primeiro plano) e o veterano H-1H (ao fundo), simbolizam bem o espírito do treinamento, ou seja, o intercâmcio e a troca de experiências.

 
Outro ponto positivo destacado pelo Ten.-Cel. Silvio, é o acréscimo de Unidades Aéreas envolvidas no treinamento, em comparação com as edições anteriores. Estão participando do Exercício Carranca 3, dois helicópteros Bell H-1H e um avião CASA C-105 Amazonas do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAv, Esquadrão Pelicano), sediado em Campo Grande (MS), um helicóptero H-34 pertencente ao Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3º/8º GAv, Esquadrão Puma), com sede na Base Aérea dos Afonsos (RJ), um helicóptero H-60L Blackhawk do Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5º/8º GAv, Esquadrão Pantera), sediado em Santa Maria (RS), além dos aviões P-95 Bandeirante Patrulha do Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7º GAv, Esquadrão Phoenix), Unidade Aérea anfitriã, com sede em Florianópolis (SC). Além delas, também integram o treinamento, militares dos SALVAEROS dos quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA), do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), com o apoio da Base Aérea de Florianópolis e do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Florianópolis (DTCEA-FL). A Marinha do Brasil participa com o Serviço de Busca e Salvamento da Marinha (SALVAMAR) e com o Navio-Patrulha (NPa) P-61 Benevente.



Bell H-1H do Esquadrão Pelicano



H-60L Blackhawk do Esquadrão Pantera



H-34 Super Puma do Esquadrão Puma


O treinamento em Florianópolis foi dividido em duas etapas distintas. A primeira delas, denominada de Avaliação Operacional (AVOP), ocorreu semana passada e compreendeu uma série de exercícios e competições entre as equipes de coordenação dos Centros de Salvamento (SALVAEROS) de Manaus, Recife, Brasília e Curitiba, através de avaliações teóricas, práticas e físicas. Foi também nesta fase, que todos os cenários e situações que iriam testar as equipes SAR em campo foram montados e planejados, de acordo com a doutrina de Busca e Salvamento vigente. É também nesse momento que se define a aplicação de novos métodos, técnicas ou conceitos que, se validados e aprovados, serão incorporados e disseminados a toda a cadeia SAR, melhorando ainda mais o serviço prestado pelos profissionais da área.

Finalizada a etapa de Avaliação Operacional, chega o momento de colocar em prática tudo que foi planejado. A “parte visível” do treinamento iniciou-se esta semana e é chamado de Exercícios Integrados (EXINT). Nesta fase, as equipes receberão diversas missões, entre elas a de localizar náufragos, embarcações a deriva, pilotos que foram ejetados de seus caças ou aeronaves acidentadas. De acordo com o Ten.-Cel. Silvio, o grau de complexidade das missões durante o treinamento, aumenta a cada dia, exigindo cada vez mais das tripulações e equipes de coordenação. Embora tudo seja feito de forma simulada, o realismo das situações faz com que todos os participantes das missões de resgate, se dediquem ao máximo para cumpri-las. Tudo é registrado coordenado e avaliado pela Direção do Exercício, desde a localização até o salvamento das vítimas, desembarque dos feridos e a entrega à equipe médica de prontidão.

O blog Aviação em Floripa esteve presente no dia de ontem (08/04), na Base Aérea de Florianópolis, no Media Day do Exercício Carranca 3, que reuniu profissionais de emissoras de TV, rádio e jornais locais, revistas e sites especializados em aviação. Eventos como esse são muito importantes, pois dão a oportunidade de se conhecer e divulgar um pouco mais do trabalho realizado pela Força Aérea Brasileira.

Primeiramente fomos recebidos no Auditório da BAFL, onde a Direção do Exercício explicou o funcionamento do Sistema brasileiro de Busca e Salvamento e forneceu detalhes do treinamento em Florianópolis. Após uma rápida entrevista coletiva, na qual, os veículos de imprensa puderam fazer questionamentos e obter mais informações, nos dirigimos a uma área dentro da própria Base, onde acompanhamos uma simulação de resgate de uma vítima, realizada por um helicóptero H-60L Blackhawk do Esquadrão Pantera, matéria esta que em breve estará disponível aqui no blog. Finalizando a visita, conhecemos o centro nervoso da operação, as instalações da DIREX, de onde todo o exercício é acompanhado e coordenado.

Coletiva de imprensa da Direção do Exercício Carranca 3 (da esquerda para a direita, Major Fernandes, Coordenador das Unidades Aéreas, Tenente-Coronel Sílvio, Diretor do Exercício e Capitão Justino, Coordenador dos Subcentros de Salvamento.


Simulação de resgate feito pelo helicóptero H-60L Blackhawk. 


Visita ao centro nervoso do Exercício Carranca 3. 

 Tela mostrando em tempo real uma missão de busca no mar, efetuada por aeronave de asa fixa.


Ten.-Cel. Sílvio explica o funcionamento dos diversos equipamentos que compõem a DIREX.


Gostaríamos de agradecer a oportunidade dada ao blog Aviação em Floripa em poder acompanhar mais este importante treinamento da Força Aérea Brasileira. Agradecimentos à Assessoria de Comunicação Social do DECEA, ao Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), à Comunicação Social da Base Aérea de Florianópolis e à Direção do Exercício, em especial, ao Ten.-Cel.-Av Sílvio, que com muito entusiasmo e simpatia, nos conduziu durante o tempo de permanência na BAFL, não poupando esforços para a realização da matéria. Sem o apoio destes profissionais, esta cobertura fotográfica não teria sido possível. 

Abaixo seguem mais algumas imagens das aeronaves envolvidas no treinamento e que expressam o cotidiano destas Unidades Aéreas e dos profissionais que delas fazem parte, diuturnamente engajados na nobre missão de salvar vidas e sempre fiéis ao lema da Aviação de Busca e Salvamento: "Para que outros possam viver".



















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